20 DE ABRIL DE 2022 - Há algum tempo eu tempo me perguntado até onde irá minha fé para determinadas situações em que a vida possa me encontrar, ou para os obstáculos que possam existir durante a minha caminhada terrena, bem, acredito que o maior obstáculo vivido ´por mim até agora é o luto pelo meu Filhote, entrei num mundo totalmente desconhecido de sentimentos aflorados e com fases que não depende de ninguém somente de mim para que pudesse sobreviver.
É claro que a sobrevivência é o pilar para tudo e qualquer obstáculo que alguém possa ter em sua caminhada, aprendi que mesmo abatido e ferido é preciso continuar a caminhada, ainda que venha a ser em passos lentos.
Eu sei que fui abatida e ferida com a partida inesperada do meu Filhote que em plena juventude dos seus 17 anos e vinte e quatros dias de vida, em 20 de novembro de 2010. As feridas viraram cicatrizes mas não foram esquecidas, elas me marcaram tão profundamente que toda a minha estrutura humana foi modificada ou melhor aos poucos foi se transformando em plena empatia ao meu próximo, eu já era um ser que facilmente me sensibilizava, e agora sou plenamente mais.
Voltando ao inicio do meu luto, os primeiros momentos catatônicos, do encasulamento na minha dor da perda, na saudade sentida e o equilíbrio emocional para todos os sentimentos ruins ou bons aflorados repentinamente, assim como a tristeza que tomava conta do meu interior.
Alias, é justamente isto, ninguém sabe ou saberá até que viva tais momentos(...)
Pensando assim, eu acredito que a Márcia Vieira Santos pessoa física e humana formada por sentimentos emocionais e psíquicos, mãe de Mateus Vieira Santos o qual deixou um legado lindo e cheio de graça a ser honrado, se classifica e três fases.
Sendo que a primeira foi vivida ao lado do meu Teteu que me ensinou as proezas e os primeiros passos da maternidade, vivendo momentos inesquecíveis, saudosos e eternos.
A segunda quando percebi que o Teteu não estava mais fisicamente em minha vida, uma dura realidade não aceita e também muito questionada, contudo, obtive a percepção que a minha vida continuava e que precisava continuar sendo mãe e esposa dentro de uma família sem um membro da mesma.
A terceira foi o que eu me tornei com a passagem do meu Teteu, quem sou hoje para a minha Kel a Filhota amada com tanta intensidade por mim, que me acalenta o meu coração em meus dias e ao meu Esposo Val que continua me amando como se fosse a primeira vez que me viu, ou a ultima que me virá, tornando sólido cada vez mais o nosso Amor.
REFLEXÃO MÁRCIA SANTOS - Concluo que ao lado da minha Filhota e do meu Esposo, juntos sofremos, entristecemos e passamos pelos mesmos processos do Luto cada um a sua forma e maneira buscando sobreviver a dura dor da perda do nosso ente tão amado por nós, Teteu.
Nos anos e meses que se passaram em nosso dia a dia de nossas vidas um segurando a mão, outro emprestando o ombro e juntos choramos e se consolamos ao mesmo tempo que nossos laços de Pais e Filhos se evidenciavam que mesmo com o Teteu estando ausente, mas se fazendo presente em nossos corações e nos laços que nos unem.
Sim, os obstáculos existem mesmo num luto involuntário de uma família, mas o enigma é - saber como sobreviver sem causar um dano ou lesão maior do que já foi produzido por este luto. A minha resposta é que cada família se auto descobrirá a força que juntos tem para ultrapassar ou melhor sobreviver o obstáculo do luto involuntário.
Desejo que todos os pais Enlutados pelos seu Filhos Amados; "Sejam fortalecidos com todo o Poder, segundo a maravilhosa Força da Glória de Deus, para que, com alegria tenhais absoluta constância e firmeza de ânimo para o tão esperando Reencontro" - Colossenses 1:11.
"O Senhor te abençoe e te guarde; faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz hoje e sempre"- Números 6:24 ao 26.
ABRAÇOS FRATERNOS DE MÁRCIA SANTOS E FAMÍLIA AOS SEGUIDORES E LEITORES EM ESPECIAL AOS PAIS ENLUTADOS
